Seleção dos jogadores não draftados

   Na primeira matéria desta nova série do Shotgun, faremos a seleção dos melhores jogadores não draftados da era recente da NFL. Até a próxima quarta-feira, todas as seleções (que vão até a de escolhas de primeiras rodadas) estarão concluídas. Descubra e se assuste com inúmeros jogadores espetaculares que foram ignorados no draft, mas deram a voltam por cima e brilharam dentro de campo.

Concorda com esta primeira seleção?

Antes de começar, é importante ressaltar apenas alguns critérios de escolha de cada jogador em suas respectivas posições. Primeiramente, é levado em conta a atual fase do atleta e sua carreira em geral. Em segundo plano, é levado em conta a atualidade de cada jogador. Então, neste caso, como alguns jogadores não draftados se aposentaram recentemente mas marcaram época, esses podem estar nas seleções. Por exemplo: não existem muitos bons linebackers não draftados na Liga atualmente. London Fletcher, LB ex-Redskins, aposentou-se há pouco tempo e também não fora selecionado no draft. Deste modo, Fletcher aparecerá no corpo de defensores. Dito, vamos lá!

QUARTERBACK: Tony Romo (Cowboys)
 O QB titular do Dallas Cowboys assinou seu primeiro contrato com a franquia em 2003 e, desde então, permaneceu por lá. Estreou apenas em 2006 e mostrou ser acima da média. Em sua carreira na NFL, tem 75 vitórias e 48 derrotas. Ele é o líder de passes para touchdown da história dos Cowboys (242) e o seu rating de 95.5 aparece na quarta posição entre os melhores de todos os tempos.

RUNNING BACK: Arian Foster (Texans)
   Decisão tranquila, também. Entre os atuais jogadores da Liga, nenhum running back produz tanto como Foster. Entrou no Houston Texans em 2009 e, desde então, já passou das 1.000 jardas corridas em quatro temporadas. Em 2010, liderou toda a NFL em jardas terrestres com 1,616. Atualmente, é o líder da história dos Texans em tentativas de corrida, jardas corridas e touchdowns terrestres.

FULLBACK: Vonta Leach
   Estreou na NFL em 2004 e se aposentou em 2013. Mesmo atualmente aposentado, Leach aparece na seleção pela concorrência (fraca) da posição e pelo que fez. Já foi selecionado para três Pro Bowls, três All Pro e venceu o Super Bowl XLVII, com os Ravens.

WIDE RECEIVER 1: Victor Cruz (Giants)
    Nem mesmo as várias lesões de Cruz fizeram-no ficar fora dos onze melhores jogadores de ataque. O WR entrou no New York Giants em 2010, no entanto, só estreou oficialmente em 2011. Um ano depois, perdeu jogos por contusão. Em junho de 2013, renovou seu vínculo com o time novaiorquino. Ano passado, em partida contra os Eagles na segunda rodada, Victor Cruz sentiu uma lesão, que o tirou de todo o restante da temporada. Em 2015, contudo, ele promete muita salsa na endzone.

WIDE RECEIVER 2: Wes Welker
   Ainda não entendo muito bem porque nenhuma equipe assinou com Welker nesta offseason. Mesmo assim, ele não poderia ficar de fora do corpo de receivers titular desta seleção. Após um começo difícil na National Football League, em que ele fora dispensado de Chargers e Dolphins entre 2004 e 2006, Welker encontrou seu caminho nos Patriots, em 2007. Por lá, permaneceu até 2012 e se tornou o WR com mais recepções na história da franquia. Em 2013 e 14, defendeu as cores dos Broncos e conseguiu se tornar o free agent não draftado com mais recepções na história do jogo.

TIGHT END: Antonio Gates (Chargers)
   Possivelmente, a escolha mais fácil desta seleção. Gates já foi chamado para nove Pro Bowls e é o líder da história do San Diego Chargers em recepções feitas, jardas recebida e touchdowns marcados. Em 12 anos de carreira, acumula 788 rec., 10.014 yds. e 99 TDs.

TACKLE: Jason Peters (Eagles)
   Após ter uma passagem discreta pelos Bills de 2004 a 2008, Peters foi para os Eagles, e se tornou um dos melhores em sua posição por lá. Desde 2007, com exceção de 2012, marcou presença em todos os outros Pro Bowls. Ao longo de sua carreira, foi titular em 129 jogos de 139 possíveis.

TACKLE: Kris Dielman
   Apesar da curta carreira na NFL (2003-2011), Dielman se destacou muito. Em campo, impressionava pela agilidade demonstrada, a qual fora adquirida nos tempos de College, quando ele atuava na linha defensiva. Em 120 que participou, começou jogando 97.

CENTER: Jamaal Jackson 
   Jackson também não permaneceu na Liga por muitos anos, apenas oito. No entanto, ele foi o titular absoluto de uma das melhores linhas ofensivas dos últimos anos, a do Eagles dos anos 2000. Atuou em 88 jogos e garantiu a titularidade em 72 dessas oportunidades.

GUARD: Dan Connolly
   “Olha a jamanta, olha a jamanta!” Connolly era um dos jogadores de OL mais conhecidos no Brasil devido à narração de Everaldo Marques de uma jogada em partida disputada em 2010. Ele começou sua carreira nos Jaguars, mas ficou por lá apenas uma temporada. Em seguida, foi proteger Tom Brady e ficou encarregado desta função por sete anos (2007-2014). Já venceu a AFC três vezes e foi campeão do Super Bowl no ano passado. Em sua trajetória, acumula 89 jogos, sendo 71 como titular, e um retorno de kickoff de 71 jardas.

GUARD: Donald Penn (Raiders)
  Recentemente, transferiu-se para o Oakland Raiders após ter passado oito temporadas em Tampa. Por lá, tornou-se um dos melhoresoffensive linemen da Liga e foi ao Pro Bowl em 2010. Desde 2006, quando entrou na NFL, esteve em 128 jogos e foi titular em 124.

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DEFENSIVE END: Cameron Wake (Dolphins) 
   Após não aparecer muito no College Football e não ter muito contato com os times da NFL, Wake foi jogar a CFL e atuou por lá apenas um ano. Em 2009, despertou interesse dos Dolphins e se tornou um dos principais jogadores do elenco desde então. Desde 2010, esteve em todos os Pro Bowls e totaliza, em cinco anos, três temporadas com pelo menos 11,5 sacks.

DEFENSIVE END: Tommy Kelly (Cardinals)
   Aos 34 anos, Kelly está longe de estar na mesma forma de dez anos atrás, quando começou na NFL vindo da Universidade de Mississippi State. De 2004 a 2012, atuou pelos Raiders. Em 2013, ficou na reserva dos Pats e agora defende as cores do Arizona Cardinals. Na carreira, totaliza 474 tackles, 37,5 sacks, nove fumbles forçados e uma interceptação.

DEFENSIVE TACKLE: Cullen Jenkins (Giants) 
   No seu auge, era um dos melhores defensores da NFL. Jenkins é um dos jogadores mais “ignorados” da NFL por parte dos especialistas. Em nove temporadas na Liga, as quais passou por Packers, Eagles e Giants, “Jenk” conseguiu 306 tackles, 44,5 sacks e uma interceptação.

DEFENSIVE TACKLE: Michael Bennett (Seahawks)
   Improvisando Bennett de DE para DT, completamos a linha defensiva desta seleção. O jogador teve uma curta passagem pelo Seahawks em 2009, depois defendeu os Bucs até 2012 e retornou para Seattle. No final de sua passagem em Tampa e em seus anos com os Hawks, produziu muito e se tornou um dos ícones defensivos do elenco. Atualmente na carreira, totaliza 167 tackles, 30,5 sacks e seis fumblesforçados.
 

 
LINEBACKER: London Fletcher
   Se alguém é um ícone recente na posição de linebacker, este jogar é London Fletcher. Desde quando começou a carreira, em 1998, mostrava seu talento e venceu um Super Bowl como reconhecimento disso. Em seguida, teve boa passagem pelos Bills e fechou sua trajetória profissional com “chave de ouro” nos Redskins entre 2007 e 2013. Ele possui o recorde de jogos consecutivos da história da Liga entre LBs (256) e é o líder de tackles da NFL da década (2000-2009), com 1.244.

LINEBACKER: Bart Scott
   Por estar, principalmente em seus primeiros anos profissionais, jogando ao lado de grandes jogadores, Bart Scott nunca recebera destaque de principal. No entanto, a intensidade e habilidade atlética deste jogador eram de impressionar. Em sua carreira, teve 732tackles, 25 sacks, quatro INT, 24 passes defletidos e seis fumbles forçados.
 

 
LINEBACKER: James Harrison (Steelers)
   Para mim, Harrison é o melhor LB não draftado da história da NFL, de longe. Porém, quem acompanha os anos recentes deste jogador acaba se enganando em relação a como foi os primeiros ano dele. Entre 2001 e 2004, ele passou por Steelers, Ravens e ainda pela Europa. Por fim, conseguiu uma nova chance em Pittsburgh e não desperdiçou. Marcou presença em cinco Pro Bowls, foi o jogador de defesa do ano em 2008 e teve participação importantíssima no triunfo dos “metaleiros” no Super Bowl XLIII, com um touchdown de 100 jardas.

CORNERBACK 1: Brent Grimes (Dolphins)
   Grimes, muito pelo que jogou na temporada passada, garantiu um espaço neste elenco. O jogador de 32 anos ficou um bom tempo no Atlanta Falcons e teve atuações medianas por lá. Em 2013, contudo, foi para os Dolphins, e se encaixou muito bem no time da Florida. Em duas temporadas, foram dois Pro Bowls e nove interceptações para ele.

CORNERBACK 2: Tramon Williams (Browns) 
   Após fazer uma carreira inteira nos Packers por oito temporadas, Williams se mudou para Cleveland na último offseason. Em Green Bay, teve muito sucesso e foi muito importante na título da equipe na temporada 2010. No currículo, acumula uma pick-six crucial nos playoffs da campanha campeão, um Pro Bowl e 28 INT.

SAFETY: Ryan Clark
   Os melhores momentos do Pittsburgh Steelers nos anos 2000 envolvem, em grande parte, a defesa de 2008. Nela, grandes jogadores. Entre esses, Ryan Clark. O safety começou com temporadas instáveis em times da NFC Leste e começou a brilhar a partir de 2006, quando foi para PIT. Por lá, disputou dois Super Bowls, foi campeão em um e chegou a um Pro Bowl.

SAFETY: Mike Adams (Colts)
   Em onze anos na Liga, Adams, por incrível que pareça, teve sua melhor temporada agora, em 2014. Além de ter sido selecionado ao Pro Bowl, fechou o ano com cinco interceptações, dois fumbles forçados e 67 tackles.

KICKER: Adam Vinatieri (Colts)
   Sr. Automático não podia ficar fora dessa. O nível que Vinatieri manteve durante sua carreira é algo incrível. Na bagagem, possui 478field goals feitos, seis Super Bowls jogados, quatro títulos conquistados – sendo dois com o FG da vitória sendo marcado por ele – e três Pro Bowls.

PUNTER: Ryan Allen (Patriots)
   Na atualidade, dois punters principais poderiam entrar nesta lista: R. Allen e Jon Ryan, dos Seahawks. Em comparação entre os dois jogadores, Allen merece o voto. Apesar de ter menos experiência, tem uma média de jardas por punts maior e fez um bom trabalho no títulos dos Pats em 2014.

Lembrando, amanhã tem nova seleção, desta vez com os jogadores que vieram nas sétimas rodadas.

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